AGENDA PALCO CLÁSSICO – MAIO
O Sesc Bom Retiro, em São Paulo, aborda o teatro clássico grego este mês, com exibição de vídeos, palestra de Luiz Fernando Ramos (ECA/USP) e peças que voltam ao circuito.
MEDUSA CONCRETA (25.05.19)
A peça se debruça sobre o mito de Medusa a partir da versão do poeta Ovídio. Com canções autorais e uma banda que acompanha toda a peça, a montagem parte do mito de forma não linear para falar sobre diversos aspectos da contemporaneidade, entre elas, o patriarcado na literatura e mitologia, a cultura de estupro e a culpabilização da vítima, da mulher. (Divulgação)
Local: Praça de convivência
GRATUITO
Nota bene: A peça estreou no ano passado. Veja nosso post anterior sobre o projeto.
AS NUVENS E/OU UM DEU$ CHAMADO DINHEIRO (24 e 25.05.19)
Reunindo duas peças de Aristófanes, comediógrafo grego do século V a.C., Os Parlapatões trouxeram para os dias atuais os textos de “As nuvens” e “Um deus chamado dinheiro”, com adaptação e direção de Hugo Possolo.
Com suas tramas trançadas, as duas peças tratam da vida de dois homens no limite do desespero. Estrepado, um homem rico, vê o filho metido em corridas colocando em risco sua fortuna; e outro, Crédulo, um pobre que não se conforma em trabalhar, ser honesto e ainda assim não se tornar rico. Ao transferirem aos deuses a responsabilidade por aquilo que consideram injusto, caem em ciladas parecidas, cujas saídas são bem diferentes. Estrepado procura o filósofo Sócrates para ajudá-lo. Na adaptação, Sócrates se torna Wall Street, um defensor de ideais da globalização. Estrepado é convencido de que o verdadeiro Deus, acima de Zeus, são as Nuvens. Wall o leva a crer em que tudo é possível, até o raciocínio mais injusto. Já Crédulo, orientado por um oráculo, segue um andarilho cego. Descobre que o andarilho é o Deus Pluto, deus do dinheiro. A junção das duas comédias traduz a maneira como Aristófanes viu o papel nocivo dos demagogos na destruição econômica, militar e cultural de seu tempo. (Divulgação)
Nota bene: O texto adaptado foi encenado pela primeira vez em 2003, no primeiro ano do governo de Lula. Sobre isso, escreveu a profa. Adriane da Silva Duarte (FFLCH/USP) para a revista Itinerários, da Unesp. O texto pode ser baixado aqui.
ANTÍGONA (31.05 e 01.06.19)
Antígona, tragédia grega de autoria de Sófocles. Toda a tragédia se desenrola a partir da determinação de Creonte, rei de Tebas, para que não seja sepultado o corpo de Polinices, que morrera em luta fratricida com Etéocles, ambos filhos de Édipo e de Jocasta e, portanto, irmãos de Antígona e de Ismene. Polinices sucumbira durante tentativa de conquistar Tebas, enquanto Etéocles cai em sua defesa. Antígona não se submete à ordem real e faz os procedimentos fúnebres determinados pela lei divina. (Divulgação)
Nota bene: Com adaptação do texto por Celso Frateschi, que integra o elenco com Pascoal da Conceição e Naruna Costa, a peça entrou em cartaz originalmente em 2017. Veja nosso post.
PALESTRAS GRATUITAS
24.05.19 Luiz Fernando Ramos (ECA/USP)
O teatro na Grécia Antiga
31.05.19 Vinícius Torres Machado (Instituto de Artes/Unesp)
A presença cênica na Roma Antiga e no Período Medieval