CALÍGULA, de Albert Camus - LEITURA DRAMATIZADA

Albert Camus

Eric Lenate dirige a leitura dramatizada da peça “Calígula”, do escritor francês nascido na Argélia Albert Camus (1913-1960). A sessão acontece nesta terça-feira, 26 de novembro, no Sesc Consolação, em São Paulo, a partir das 19h30. O projeto “7 Leituras, 7 Autores, 7 Diretores” tem direção geral de Eugênia Thereza de Andrade. A entrada é gratuita. Os ingressos são distribuídos uma hora antes. Veja aqui.

Lee Taylor


Esta leitura, que encerra a programação de 2019 do projeto, conta com o ator Lee Taylor (da novela A dona do pedaço) como o protagonista que dá nome à peça. Também integra o elenco o ator Augusto Cesar [Alves dos Santos], tradutor e mestrando em Estudos da Tradução na USP, que promete um relato para o blog Palco Clássico desta experiência de leitura dramatizada.

Augusto Cesar


Calígula foi um imperador de Roma no século I de nossa era (37-41 d.C.), associado a um comportamento fora do padrão, com um anedotário que inclui a intenção de fazer de seu cavalo Incitatus um cônsul, como se lê  na “Vida de Calígula” (55), parte de “As Vidas dos 12 Césares”, obra latina de Suetônio. Sugiro a leitura do artigo “Páginas de Suetónio: a imolação do Tirano Calígula”, do classicista português José Luís L. Brandão, da Universidade de Coimbra, que você pode ler aqui.


Gabriel Villela encenou em 2008 a peça de Camus, com Thiago Lacerda no papel principal. 


Thiago Lacerda


Isso tem uma década, mas me lembro de ter ficado um pouco frustrada com a montagem. Para este post, recuperei, no entanto, um texto do ator publicado em 2011 no jornal O Estado de S. Paulo, que começa assim:

“Camus lança no palco uma figura absoluta em todos os sentidos: o imperador romano, ser de poder absoluto, excentricidades absolutas, que não conhece limites; comanda a vida religiosa, política e militar. É muito difícil, nos dias de hoje, compreendermos esse conceito.”


Essa declaração me faz pensar. Leia o artigo de Thiago Lacerda aqui.

Sobre a obra de Camus, há um comentário de Manuel da Costa Pinto, na Folha de S. Paulo, aqui.