CARAS DE PLAUTO



Peça: “Menecmos”, de Plauto
Texto e direção: Atilio Bari
Elenco: Eduardo Mancini, Eduardo Osório, Lucio Dicetaro, Marcelo Franzolin, Sabrina Lavelle e Atilio Bari.
Produção: Grupo Theatralia & Cia
Temporada: 03.08 a 08.09.19
Local: Espaço Parlapatões |São Paulo (SP)
Duração: 65 minutos
Assistido em: 17.08.19


Sinopse
O espetáculo é baseado em “Menecmos”, escrito por volta do ano 250 antes de Cristo, por Tito Maccio Plauto, um comediógrafo romano que escrevia peças ambientadas na Grécia. Foi o precursor da comédia popular, criando enredos e situações facilmente identificáveis pela plateia.  A história trata das confusões e desencontros decorrentes da presença de dois irmãos gêmeos numa mesma cidade, envolvendo jovens e velhos, esposas e meretrizes, serviçais e parasitas. A adaptação de Atilio Bari retoma uma característica do original de Plauto, cujos textos eram construídos em versos, o que cria uma musicalidade na fala e um ritmo especial na encenação. O elenco utiliza máscaras especialmente elaboradas para cada ator, que identificam claramente a posição social e o caráter de cada personagem. A encenação de “Caras de Plauto” reproduz o espírito dessa comédia anárquica e despudorada, num texto totalmente rimado e introduzindo elementos de brasilidade. (Divulgação)

NOTA BENE
O projeto foi contemplado no Prêmio Cleyde Yaconis, da Secretaria Municipal de Cultura – Prefeitura do Município de São Paulo.

COMENTÁRIO
Como dizer de outra maneira senão que é um “pastelão”? Nada de ofensa nisso. Só seguindo a acepção 3 do verbete no Houaiss Eletrônico:

3   representação caracterizada pelo traços de bufonaria na construção dos personagens, nas cenas por eles protagonizadas e/ou no próprio texto.

Eu tinha visto recentemente “As Nuvens e/ou Um deu$ chamado dinheiro”, baseada nas obras de Aristófanes, montagem sobre a qual convidei Adriane da Silva Duarte para escrever. Veja nosso post. Também era um pastelão, só que mais interessante, mais complexa.

A trama de “Menecmos” (Menaechmi), de Plauto (c.254-184 a.C.), é um tanto non-sense porque o irmão que busca o seu gêmeo há tantos anos perdido não se dá conta de que tantas confusões de identidade poderiam ser, finalmente, a resposta que esperava. Tá bem! É comédia, é pra rir do óbvio que a gente vê e que os personagens não enxergam. É meio “Os trapalhões”: a gente ri, mas não sabe muito bem de quê. Riso fácil. É praticamente humor inocente porque não há o dolo, tramoias, só algum erotismo e uns palavrões. O elenco se desincumbe muito bem da tarefa.

Na tradução de Jaime Bruna, publicada na revista do Tablado.