A LENDA DE PIGMALIÃO
Pygmalion
(Jean Raoux)
Mito: Pigmalião
Dramaturgia: não informada
Temporada: aos domingos, de 21.01 a 25.02.18
Local: Casa Café Teatro | São Paulo (SP)
Direção
geral: Renato Alves
Elenco: Aline Cólins,
Claudia Sampaio, Cloud Silva, Déby Schutze, Mariana
Siqueira, Rodrigo Banks, Tamy Paula.
Duração: não informada
O mito de Pigmalião é narrado nas “Metamorfoses”, de Ovídio. Entre os versos
243 e 297 do Livro X, o autor latino do início da nossa era narra a metamorfose
de uma estátua de mulher esculpida em mármore branco por Pigmalião em
ser humano, após um apelo à deusa Vênus.
Abaixo, o trecho inicial, na tradução (1771) de Cândido
Lusitano, pseudônimo de Francisco José Freire (1719 —1773).
'Quas quia Pygmalion aevum per crimen agentis
viderat, offensus vitiis, quae plurima menti femineae natura dedit, sine coniuge caelebs 245 vivebat thalamique diu consorte carebat.
interea niveum mira feliciter arte
sculpsit ebur formamque dedit, qua femina nasci nulla potest, operisque sui concepit amorem. virginis est verae facies, quam vivere credas, 250 et, si non obstet reverentia, velle moveri:
ars adeo latet arte
sua.
| Porque destas lascivas
observara
Pigmaleão a vida escandalosa,
Dos vícios espantado, em que fecundo
É o peito feminil por traças raras,
Que nele encobre astuta Natureza,
Dos laços de Himeneu solto vivia,
Repartir não querendo o Sócio leito.
Em cândido marfim ele esculpira
Com arte singular tão bela imagem,
Que nascer não podia mais fermosa
Viva mulher. Insano namorou-se
Do seu mesmo trabalho, amando nele
Forma admirável de gentil donzela.
Tão vivo era o Retrato, que crerias
Vida ter, e que passos moveria,
Se o virginal rubor a não prendera;
Tanta
arte se ocultava na Escultura. |
Leia também um artigo do
Prof. Dr. Matheus Trevizam (UFMG) sobre o
mito de Pigmalião e Ovídio.
Veja nosso comentário sobre a peça.
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